Noticia o jornal i:
Se o aluno chumba o ano, a culpa é do professor; se o aluno desiste de estudar, a culpa também é do professor; e se o aluno falta às aulas, a culpa é outra vez do professor. O sucesso escolar de uma criança está sempre nas mãos do professor. Nem as origens socioeconómicas nem o contexto familiar servem de justificação – a culpa é sempre da escola, que não soube encontrar as estratégias certas para ensinar os seus alunos.
Esta é a convicção de Paul Pastorek, superintendente para a Educação no estado de Luisiana nos EUA. Mais do que uma crença é uma teoria que o responsável máximo pela educação em Luisiana diz poder comprovar com dados estatísticos (ver caixa).
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Este senhor deve ser muito especial, ou então foi muito infeliz na forma como se expressou (mesmo se diz que o pode comprovar com dados estatísticos… e todos sabemos como a estatística pode ser mentirosa e manipuladora). Defender isto é semelhante a dizer que qualquer criança pode ser qualquer coisa, dependendo apenas dos pais; que qualquer trabalhador pode ser o melhor e desempenhar qualquer tarefa, dependendo apenas dos patrões; que qualquer cidadão pode ser um cidadão modelo, dependendo apenas dos políticos!?
A verdade é que o professor pode ter alguma influência, para o bem e para o mal, mesmo quando as condições socioeconómicas e/ou familiares são adversas. Mas alguma influência não significa que possa mudar a vida de um aluno, mesmo se falamos apenas da vida escolar.